FIV e FeLV são doenças que geram preocupação em qualquer um que ame gatinhos. É compreensível, já que elas são conhecidas por serem silenciosas, altamente transmissíveis e sem cura. Mas com informação e cuidados adequados, é possível proteger os pets saudáveis e dar qualidade de vida aos portadores dessas condições. 

A imunodeficiência felina (FIV) e a leucemia viral felina (FeLV) são causadas por vírus que afetam o sistema imunológico. Para lidar com elas, o diagnóstico precoce é fundamental. Ele pode assustar, mas com o manejo correto e acompanhamento veterinário, muitos gatinhos positivados levam uma vida plena e feliz.

Os efeitos da FIV no gato

A FIV afeta o sistema imunológico do gato, tornando-o mais vulnerável a infecções e outras doenças ao longo da vida. Nos primeiros estágios, os efeitos podem ser relativamente mais leves e até passar despercebidos, como febre transitória, apatia e variação no apetite. Porém, progressivamente, complicações mais graves podem surgir. 

Entre os sinais mais comuns em estágios avançados da FIV, destacam-se:

  • emagrecimento progressivo;
  • lesões inflamatórias e úlceras na cavidade oral;
  • dificuldade para se alimentar;
  • secreção nasal e ocular;
  • dificuldade para respirar;
  • problemas renais;
  • entre outros. 

Os efeitos da FeLV no gato

Assim como acontece com a FIV, os efeitos da FeLV em estágio inicial podem ser mais leves, incluindo sinais como febre transitória, apatia, letargia e apetite variável. 

Com o tempo, a FeLV pode comprometer gravemente a saúde do gato, levando a uma série de complicações. Como explica a Dra. Isadora Fappi, a FeLV apresenta diferentes subtipos, o que significa que a doença pode se manifestar de formas variadas:

Como essas neoplasias podem surgir em diferentes partes do corpo, os sinais clínicos variam conforme a localização. Até por isso, uma coisa é certa: a avaliação periódica de gatinhos com FeLV é vital para identificar a formação de tumores de forma precoce

Como saber se o gato tem o FIV ou FeLV?

O primeiro passo é testar todos os gatos do ambiente, tanto no primeiro contato com um novo pet quanto ao longo da vida.

O teste mais comum para a identificação de FIV e FeLV é o SNAP. Porém, um resultado negativo não descarta completamente a possibilidade de o gato ser portador da FeLV, já que o vírus pode estar em estado latente no organismo. 

Outro fator importante é que um gato inicialmente negativo pode positivar ao longo da vida, caso entre em contato com o vírus em algum momento. Por isso, além do teste inicial, os médicos veterinários recomendam retestar o gato sempre que ele adoecer, garantindo um diagnóstico atualizado.

Como lidar com gatinhos positivados? 

Receber o diagnóstico de FIV ou FeLV no seu gatinho pode ser assustador, mas calma! Isso não significa que ele está condenado ou que não pode levar uma vida feliz. Com alguns cuidados e acompanhamento veterinário adequado, é totalmente possível oferecer bem-estar e qualidade de vida ao seu amigo.

A primeira coisa a se ter em mente é que o carinho, o ambiente seguro e os cuidados diários fazem toda a diferença. 

Muitos gatos soropositivos vivem anos sem apresentar complicações, desde que tenham uma rotina bem estruturada e o suporte necessário. O segredo está em prevenir infecções, garantir alimentação adequada e monitorar a saúde do pet de perto.

Fora isso, é importante ter o cuidado para evitar o contágio de outros gatos. Por isso, o gatinho positivado deve ficar em um ambiente separado ou conviver apenas com pets que também sejam positivos. 

Como evitar FIV e FeLV?

Como não há cura para FIV e FeLV, evitar o contato com o vírus é a única forma de impedir que elas afetem a saúde e o bem-estar do seu pet. Ou seja, o melhor caminho é a prevenção, e ela começa lá nos primeiros dias. 

castração também é uma medida que pode contribuir para a prevenção das doenças, principalmente por eliminar a transmissão da FeLV por meio do acasalamento. Mais do que isso, é uma medida que tende a reduzir comportamentos de risco, como fugas e brigas por território, além de auxiliar no controle populacional. 

Por fim, mas definitivamente não menos importante, temos a vacina quíntupla felina (V5), que inclui proteção contra a FeLV. Ela é aplicada a partir da orientação de um médico veterinário, que considera o status retroviral do paciente para definir o protocolo vacinal.

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